A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), recebeu R$ 30 milhões em verbas suplementares do Ministério da Saúde. O envio foi articulado pelo senador Jorge Kajuru e pelo prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, para enfrentar o estado de calamidade pública da rede de assistência do município. Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (21/2), o prefeito explicou que o recurso será utilizado para despesas de custeio, incluindo o pagamento de maternidades, hospitais e outros pequenos fornecedores.
“Essa verba será destinada ao pagamento de uma série de fornecedores menores que precisam receber e à manutenção das nossas unidades de saúde. É um dinheiro muito importante para nós”, afirmou Mabel.
O prefeito agradeceu ao senador Jorge Kajuru por seu empenho em destinar recursos para a saúde de Goiânia e lembrou que este é o segundo repasse intermediado pelo parlamentar. “Já vieram R$ 30 milhões, agora chegaram mais R$ 30 milhões, totalizando R$ 60 milhões. A determinação do senador Kajuru é ajudar a saúde, já que sua atuação parlamentar é voltada para essa área, destinando emendas. A visão dele como parlamentar da saúde é muito importante”, destacou o prefeito. Ele acrescentou que tem apresentado projetos e demandas ao senador e conta com seu apoio ao longo do mandato. “Tenho certeza absoluta de que o senador Kajuru, com esses projetos em mãos, irá nos ajudar muito nos próximos anos.”
O senador Jorge Kajuru afirmou que voltará a destinar emendas parlamentares para Goiânia. “Fui perdendo o prazer de mandar emendas para a cidade de Goiânia, na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz, porque o dinheiro sumia. Eu exigia a prestação de contas, e ela não aparecia”, declarou o parlamentar. Kajuru ressaltou que enviou recursos para a Maternidade Célia Câmara e outros hospitais para custeio da saúde, mas não via retorno.
“Eu mandava recursos para custeio da saúde, e a situação só piorava. Em agosto, consegui um empréstimo com o presidente Lula, de R$ 700 milhões, e veio a metade. O que aconteceu? Desviaram R$ 350 milhões. Com isso, o restante está travado em Brasília”, afirmou o senador.
Kajuru se comprometeu a pedir ao presidente Lula o destravamento dos R$ 350 milhões restantes do empréstimo concedido ao município no fim do ano passado. “Vou pedir para ele destravar, porque ele conhece o Mabel, foram deputados na mesma época, ele sabe que o Mabel não vai desviar o dinheiro, que não haverá corrupção e que esses R$ 350 milhões serão investidos exatamente na saúde, no diabetes, no autismo, nas cirurgias de catarata e nas doenças raras”, garantiu o senador.
“O que ele (Mabel) precisar, vai contar comigo. Até 2027, eu ainda terei direito a emendas, porque ele merece, o trabalho dele merece. Eu vejo ele de madrugada fazendo aquilo que eu fazia quando fui candidato a vereador em 2016, até na noite de Natal e de réveillon. Então, em homenagem a um prefeito que ama Goiânia e quer fazer história na sua gestão, eu não posso negar nada a ele”, concluiu Kajuru.
Avanço
Para o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, a chegada desses recursos representa um alívio. “Recebemos com muita alegria e com a sensação de que vamos conseguir avançar”, afirmou Pellizzer. Ele explicou que havia grande preocupação com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundach), responsável pela administração das maternidades municipais, e com as unidades de instituições filantrópicas, que acumulavam saldo devedor significativo do ano passado.
“Sabemos que as instituições filantrópicas não têm de onde tirar recursos além dos repasses da prefeitura e de outros apoiadores. Por isso, a dívida com elas impactava diretamente a qualidade assistencial oferecida. Tanto que esses dois grupos foram prioritários no repasse do dinheiro”, justificou Pellizzer.
Segundo a SMS, os R$ 30 milhões serão distribuídos da seguinte forma: R$ 13 milhões para a Fundach; R$ 8,5 milhões para o pagamento de entidades filantrópicas, como a Santa Casa de Misericórdia, a Fundação Banco de Olhos e a Associação de Combate ao Câncer de Goiás; R$ 3,5 milhões para complemento dos valores pagos pelo município a hospitais que fornecem leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a rede municipal; e R$ 5 milhões para fornecedores de medicamentos, insumos e prestadores de serviços de saúde, limpeza e nutrição.
“Mesmo em uma situação tão complexa e delicada como a que enfrentamos, nosso compromisso com o pagamento aos fornecedores permanece. A SMS tem realizado uma força-tarefa na renegociação de dívidas e na revisão dos valores de contratos e convênios. Conforme a disponibilidade de recursos, efetuaremos os pagamentos”, garantiu o secretário municipal de Saúde.