O Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI) realizou, nesta terça-feira (2/9), mais uma edição do Projeto Vem para a Roda, iniciativa promovida semanalmente pelo Serviço Social da unidade, em parceria com diferentes áreas assistenciais. O encontro tem como objetivo acolher e orientar mães de bebês internados na UTI Neonatal (Utin) e na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (Ucin).
De acordo com a assistente social Lilian José de Oliveira, a atividade é uma importante estratégia de humanização e de apoio às famílias. “A roda de conversa é uma forma de acolher essas mães, que muitas vezes estão em um momento de vulnerabilidade, tristes por estarem com seus filhos internados. É um espaço de escuta e de orientação, em que abordamos temas importantes, como o aleitamento materno e o contato pele a pele. Quando a mãe permanece mais tempo na unidade, maiores são os benefícios para a criança, e nós incentivamos essa permanência de forma afetiva e respeitosa”, explicou.
A iniciativa integra o Manual do Método Canguru, preconizado pelo Ministério da Saúde, e é parte essencial da rotina do HMDI, que busca promover o vínculo mãe-bebê, a humanização do cuidado e a troca de experiências entre famílias e profissionais. A cada semana, um profissional diferente participa da roda, abordando aspectos que envolvem os cuidados e a vivência materna durante o período de internação. Nesta edição, a roda contou com a participação da psicóloga Geórgia Dias dos Santos, que conduziu uma dinâmica voltada à expressão de sentimentos.
“Criamos um momento de escuta ativa, em que as mães puderam falar sobre suas emoções, medos e recursos de fortalecimento que utilizam neste período de internação. Muitas vivem situações totalmente novas, que nunca imaginaram enfrentar. Nesse espaço, além do acolhimento, conseguimos esclarecer dúvidas sobre os cuidados com o bebê prematuro, tanto durante a hospitalização quanto após a alta, fortalecendo a autonomia das mães para esse processo”, destacou.
Para Aline Borges da Silva, que está com o bebê internado na Utin, o projeto é um verdadeiro alívio para as mães. “O que vivemos ali pelos nossos pequenos não é fácil, é estressante, é cansativo. Então, poder conversar, compartilhar com outras mães, é algo muito bom. Eu fiquei muito feliz. Cada mãe que se expressa traz uma emoção diferente, e isso toca profundamente a gente. Muito obrigada por esse momento, porque tem dias que é exatamente disso que a gente precisa”, relatou.
Foto: SMS
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) – Prefeitura de Goiânia